Aldeias de Xisto

As Aldeias de Xisto guardam os maiores segredos de Portugal, entre as serras de vegetação e maciços calcários e xistosos, os seus habitantes têm o maior prazer em desvendá-los. Neste mundo as horas passam devagar, as suas gentes contam as histórias, as artes, as tradições e sabores com naturalidade aos visitantes, partilham o que lhes é mais querido. Entre castelos, casas de xisto, monumentos, museus, restaurantes, comida da avó, estas aldeias saem de um conto de fadas apenas para nos encantar. Existem milhares de formas de as conhecer, tanto por passeios pedestres, aventuras de canoagem, rappel, escalada ou slide, trilhos de bicicleta ou de BTT, o momento de descontração é apenas o que se vive aqui.

Portugal apresenta com muito orgulho as suas 27 aldeias de xisto que se encontram pelas Serras da Lousão e Serra do Açor, espalhadas até à Serra da Estrela, nas margens do rio Zêzere. Assim aqui são apresentadas quatro linhas de aldeias: Serra da Lousã, Serra do Açor, Zêzere e Tejo-Ocreza.

Piodao
Lousa

Serra da Lousã

Aigra Nova

Dividida em três ruas, esta aldeia de malha urbana simples com uma construção baixa, encontra-se num clima propício para a criação de gado e práticas agrícolas. Desta aldeia observa-se a magnificência da Serra da Lousã e da fauna que ali mora, e juntando a simpatia das suas gentes, a sua visita torna-se inesquecível.

Aigra Nova

O que visitar

Aldeias de Xisto Aldeias HistóricasAveiroBatalhaCastelo BrancoCoimbraFátimaFigueira da FozGuardaÍlhavoLeiria SantarémTomarViseu

Aigra Velha

Estando a uma altitude de 770 metros, de fácil acesso, esta encontra-se nos cumes da serra. Um pequeno aglomerado que se deixa envolver por um valor paisagístico único, tanto pela vertente pura da Serra da Lousã, como pelos campos de pasto, pelos Penedos de Góis, pelo parque florestal da Oitava ou pela Ribeira da Pena.

Aigra Velha

Casal de São Simão

Com apenas uma rua e com uma fonte que canta as músicas da água da Ribeira de Alge. Acompanhada com uma vereda que leva até à praia nas Fragas de São Simão. Nesta aldeia, as casas estão a ser recuperadas com as próprias mãos dos novos aldeões, numa obra de convívio, que reúne os novos com os mais velhos desta pequena aldeia de quartzito. Esta encontra-se num dos flancos da crista quartzítica que originou as Fragas de São Simão, possuindo o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos.

Casal de Sao Simao

Chiqueiro

Habitando aqui apenas um casal, acompanhado pelo seu rebanho, esta aldeia parou no tempo, em que as duas linhas de água a delimitam e a envolvente verdejante protege a malha urbana xistosa escura e simples.

Chiqueiro

Comareira

O local perfeito para nos desconetarmos do mundo, esta aldeia mágica aceita e deixa explorar os seus encantos em troca de um sorriso. Sentar num banco e observar a beleza de toda a envolvente, vendo o por-do-sol ou o nascer deste, apenas para aproveitar o momento.

Comareira

Gondramaz

Desenvolveu-se através da rua principal que oferece uma placa com um poema de Miguel Torga a desejar as boas-vindas. Esta aldeia coberta dos pés à cabeça por uma tonalidade específica de xisto, que destaca-se face às restantes, juntamente com o chão trabalhado pelas mãos hábeis de figuras carismáticas. Concluindo que esta aldeia é uma obra de arte da natureza, esta está envolvida pela vegetação mágica que reproduz todos os dias uma melodia única para a aldeia.

Gondramaz

Candal

Posicionada junto à estrada nacional que interliga Lousã a Castanheira de Pera, esta encontra-se próxima da bacia hidrográfica da Ribeira de S. João. O seu aglomerado está aninhado na serra, e quando alcançado o seu topo, subindo pelas ruas inclinadas, o miradouro aqui presenta oferece uma vista para a Ribeira do Candal.

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Cerdeira

Num contraste desalinhado das construções de xisto com o verde da envolvente natural, esta aldeia encontra-se implantada sobre um morro rochoso, apresentando uma engenharia de escadaria de socalcos para que, aquando as chuvas, as terras não desabassem. Uma aldeia mágica que convida a conhecer intimamente o chão de ardósia e o cenário romântico que transpiram dela, juntamente com a vertente botânica que alimenta os sonhos de uma aldeia paradisíaca.

Cerdeira

Casal Novo

Na dobra de uma encosta, com um declive acentuado e infiltrada numa envolvente arbórea, esta aldeia está camuflada numa malha urbana simples, e que do seu topo é possível observar Lousã e o seu castelo,

Casal Novo

Ferraria de São João

A sua malha urbana evolui com as suas gentes, que de dia para dia, de ano para ano foram investindo nas suas casas, estando mais modernas e desejáveis, nesta aldeia a povoação vai crescendo com o desenrolar do tempo, procurando mantê-la ativa com atividades e convívios sociais. O seu ex-libris passa pelo conjunto de currais comunitários na orla de montado de sobreiros.

Ferraria de Sao Joao

Pena

Numa combinação fatalmente bonita entre o xisto e o quartzito, esta aldeia é guardada por um castanheiro secular à sua entrada. Esta desenvolveu-se ao longo de um promontório, o que se tornou um desafio para a construção do casario, porém manteve-se e possibilita uma paisagem bela para os Penedos de Góis e para a ribeira que oferece água cristalina.

Pena

Talasnal

A mais carismática das Aldeias de Xisto da Serra da Lousã, esta é desde há muitos anos, aquela que seduz os olhares e vontades, com uma malha urbana moderna que se deixa decorar pelos ramos das videiras. Permanecer neste local é como mergulhar num conto de fadas, envolvido por uma vegetação única e bela que se deixa acompanhar por uma fauna curiosa pelas atividades aqui desenvolvidas.

Talasnal

Serra do Açor

Aldeia das Dez

Na sobranceira ao rio Alvôco, esta aldeia encantadora em granito apresenta uma vista para as belas montanhas da Serra da Estrela. No seu património destaca-se a Igreja Matriz com um interior decorado com talha dourada. As suas gentes recebem os curiosos, oferecendo um licor de medronho, um fruto abundante na sua região ou uma compota para degustar.

Aldeia das Dez

Benfeita

Considerada como uma das aldeias brancas desta rede, esta encontra-se perto de Fraga da Pena e da Mata da Margaraça, uma das mais importantes florestas caducifólias de Portugal. Entre as ribeiras do Carcavão e a da Mata, esta aldeia é obrigatória a subida à Fonte das Moscas para a sua total apreciação e observação da Torre da Paz em xisto, que deseja contar a sua história.

Benfeita

Fajão

Uma antiga vila, que se encaixa numa pitoresca concha da serra, erguendo-se sobre o rio Ceira. Esta encontra-se em reabilitação desde 2003, apresentando-se mais moderna mas nunca perdendo o seu jeito pitoresco e rústico. Ganhando um museu que retém o nome do Monsenhor Nunes Pereira, que alberga um espólio com xilogravuras, aguarelas de Fajão e objetos pertencentes à história da aldeia.

Fajao

Sobral de São Miguel

Sendo um dos maiores aglomerados de edificado em xisto, em território nacional, esta aldeia ganha o nome de “coração do xisto”, daqui é exportada a sua matéria-prima para o mundo. A sua visita é obrigatória, iniciando-se pelo sabor, provando uma ginja acompanhada por um chouriço bastante picante ou pela sardinha ou bacalhau, que fica apetecível com mel e pão saído do forno a lenha. Porém nada melhor do que comer e observar toda a envolvente natural que esta aldeia oferece.

Sobral de Sao Miguel

Vila Cova de Alva

No fundo da paisagem, o rio Alva corre na sua límpida maneira de ser, convidando a longos passeios pelas suas margens repletas de vegetação. Esta aldeia contém o maior conjunto monumental contando com o Largo da Igreja Matriz e do Pelourinho desde século XVII, entre o como o Solar dos Condes da Guarda, o Solar Abreu Mesquita, o edifício dos Osórios Cabrais ou ainda a Rua Quinhentista, nada melhor do que passear por estes edifícios de xisto.

Vila Cova de Alva

Zêzere

Álvaro

Estende-se ao longo da encosta sobranceira do rio Zêzere, acomodada na albufeira do Cabril, considerada uma das aldeias brancas da rede, esta é rica em património religioso, visto que albergou uma importante povoação da Ordem de Malta. Apelando a um pequeno percurso que retrata a arte sacra, contando com pinturas a artefactos singulares, com uma imagem do Senhor dos Passos, um Sacrário Renascentista ou ainda um Cristo morto com as Santas Mulheres e S. João Evangelista.

Alvaro

Barroca

A zona mais antiga da Barroca aldeia encontra-se implementada ao longo de um morro, ladeado por duas linhas de água, mantendo o seu aspeto rural desenhado pelos campos agrícolas. Um património importante a destacar é a Casa Grande, um antigo solar do século XVIII, onde atualmente funciona o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto. A paisagem que envolve está concentra em pinhais e pirâmides de escombreiras da Lavaria do Cabeço do Pião, que outrora pertenceram às Minas da Panasqueira.

Barroca

Janeiro de Baixo

Aqui o rio Zêzere contornou o obstáculo rochoso que alberga um moinho desta aldeia e que mais abaixo as suas margens oferecem uma praia com um extenso areal. Nesta aldeia destaca-se o património religioso e arquitetónico rústicos e rurais típicos das Aldeias de Xisto. Aqui perto, encontra-se a Barragem de Sta. Luzia.

Janeiro de Baixo

Janeiro de Cima

Na margem esquerda do Zêzere, esta aldeia surge numa região quase plana que se deixa envolver pelos terrenos agrícolas, enquanto a aldeia é abençoada por uma malha urbana xistosa com seixos redondos e brancos, com ruas sinuosas, que entre estas encontra-se a Casa das Tecedeiras que reinventa as tradições e permite uma viagem pelo tempo.

Janeiro de Cima

Mosteiro

Uma aldeia que gira em torna do elemento da água, usufruindo de uma praia mesmo dentro da povoação e terrenos agrícolas que a envolvem. Desenvolvendo-se na margem direita da ribeira de Pera, a aldeia flora na fertilidade dos campos e na construção de uma malha urbana que aproveita o melhor da água.

Mosteiro

Pedrógão Pequeno

Na margem esquerda do Zêzere, a poucos quilómetros de Pedrógão Grande e da Barragem do Cabril, esta aldeia xistosa deixa-se decorar pelos grandiosos granitos nas suas cantarias de portas e janelas. Procurando o miradouro mais alto do Monte da Senhora da Confiança, para se obter uma vista sem igual mas também um prato de sopa de peixe.

Pedrogao Pequeno

Tejo-Ocreza

Água Formosa

A pouco mais de dez quilómetros do Centro Geodésico de Portugal, esta aldeia surge entre Ribeira da Corga e a Ribeira da Galega, numa encosta soalheira. Mantendo as suas tradições, nomeadamente os fornos de lenha, esta aldeia tem atraído novos habitantes, com a reabilitação do casario.

Agua Formosa

Figueira

Uma aldeia típica em que as galinhas andam à solta e as cabras as acompanham, lá ao longe ouve-se a carroça que leva o feno para alimentar, ou a lenha para cozinhar nos fornos, aquele pão da avó. Numa margem plana e de fácil circulação, o núcleo central está escondido no emaranhado de ruas, que oferecem uma vista também para o manto verde dos terrenos agrícolas, onde crescem as oliveiras, que oferecem o nome de “ouro verde” à aldeia.

Figueira

Martim Branco

Quem visita esta aldeia apenas retém um momento, o degustar do pão feito no forno a lenha, que nesse ato, os olhos abrem e vêem a envolvente paisagística da ribeira de Almaceda que ecoa com o cântico dos rouxinóis. Numa malha urbana xistosa que se deixa acompanhar por alguns granitos nas suas portas e janelas. Aqui a autenticidade de uma aldeia é o expoente máximo da vivência local.

Martim Branco

Sarzedas

Distinguida pelos traços de cor que contrastam com as fachadas das casas rebocadas, que se encontram no caminho da Fonte da Vila, esta vila, pertencente à rede de Aldeias de Xisto, é sede de concelho. Nesta são obrigatórios os destaques para o Pelourinho, o Largo, as Igrejas e Capelas que se salientam da malha urbana, pelo seu traçado e volume grandioso. Junto da igreja matriz da vila, no Alto de São Jacinto, encontra-se o Campanário com a sua Torre Sineira, em que são desenvolvidas atividades de leitura moderna.

Sarzedas