Guimarães

Guimarães, o berço da nação, assim conhecido assim será. Entre monumentos históricos, religiosos e culturais que esta cidade oferece, destacam-se alguns.

Paço dos Duques de Bragança

Mandada edificar por D. Afonso, filho bastardo do Rei D. João I e futuro Duque de Bragança, esta casa senhorial do século XV, bastante sofisticada e fortificada é um exemplar único da Península Ibérica, coim a sua arquitetura da Europa Setentrional. Com o avanço dos anos e abandono, esta casa foi reedificada entre 1937 e 1959, transformando-se num museu com um espólio do século XVII e XVIII, em que se destacam: a coleção que conta a história dos Descobrimentos Portugueses; as quatro cópias das tapeçarias de Pastrana que relata as conquistas do norte de África por Nuno Gonçalves; a coleção de porcelanas da Companhia das Índias e faianças portuguesas das fábricas de: Prado, Viana, Rocha Soares e Rato, entre outras coleções. Esta casa senhorial foi classificada como Monumento Nacional.

Paco dos Duques de Braganca1
Paco dos Duques de Braganca2

Convento de Santo António dos Capuchos

Na Colina Sagrada, este convento do século XVII apresenta um património móvel da Misericórdia. Atualmente pertence ao Percurso Museológico no Convento de Santo António dos Capuchos, em que os seus visitantes podem explorar o seu interior e maravilhar pela sua sacristia do século XVIII.

Convento de Santo Antonio dos Capuchos

Destinos Nortenhos

Museu de Alberto Sampaio

Criado em 1928, no Centro Histórico, este alberga coleções com grande valor histórico e artístico nomeadamente da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e de outras igrejas e conventos da região de Guimarães.

Museu de Alberto Sampaio

Museu da Cultura Castreja e Museu Arqueológico Martins Sarmento

Fazem parte da propriedade da Sociedade Martins Sarmento, visam apresentar e estarem focados para a cultura castreja, autóctone que existe no noroeste peninsular, sendo a matriz cultural da faixa atlântica da Península Ibérica.

Museu Arqueologico Martins Sarmento

Castelo

No século X, a Condessa Mumadona Dias manda erguer na sua herdade de Vimaranes, atual Guimarães, um mosteiro, que após ataques feitos por mouros e normandos, foi construída uma fortaleza para defender os monges e a comunidade cristã presente, assim surge o primitivo Castelo de Guimarães. Já no século XII, devido à formação do Condado Portucalense, o Conde D. Henrique e D. Teresa deslocaram-se para Guimarães e iniciaram obras no castelo, para ampliá-lo e fortalecê-lo. Reza a lenda, que D. Afonso Henriques nascera neste castelo. Este encontra-se fortemente ligado a momentos históricos, como a Batalha de S. Mamede em 1128. Com o tempo, degradação e abandono, este castelo foi deixado à sua sorte, até ao século XX, em que foi declarado como Monumento Nacional e foram realizadas obras de restauro.

Castelo

Praça de Santiago

Conforme a tradição, São Tiago trouxe a imagem da Virgem Santa Maria para Guimarães, colocando num templo pagão num largo, que mais tarde se chamaria Praça de Santiago, que ainda preserva a sua traça medieval.

Praca de Santiago

Igreja de S. Miguel do Castelo

Do século XII, foi nesta igreja do estilo romântico que D. Afonso Henriques foi batizado. No seu interior encontram-se sepulturas de nobre guerreiros que ajudaram na fundação da nação. Esta igreja está classificada como Monumento Nacional.

Igreja de S. Miguel do Castelo

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira

Fundada pela Condessa Mumadona Dias, daqui surgem as origens da Insigne e Real Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira. Este edifício declarado como Monumento Nacional representa-se pela união de estilos, entre a reconstrução gótica, características manuelinas, capela-mor clássica, estuques das capelas maior e colaterais de estilo neoclássico e a sua última intervenção do século XX que promoveu p granito às paredes e às colunas medievais.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira

Rua de Santa Maria

Uma das primeiras ruas abertas da cidade de Guimarães, que estabelecia a ligação entre o convento criado por Mumadona e o castelo, esta apresenta ao longo do seu caminho testemunhos arquitetónicos com grande valor, como o Convento de Santa Clara, a Casa do Arco, a Casa dos Peixotos e a Casa Gótica dos Valadares, que fortalecem a identidade de Guimarães.

Rua de Santa Maria

Largo do Toural

Atual coração da cidade, este era um largo extramuros perto da porta da vila, em que era organizada a feira de gado bovino e outros produtos. Ao longo dos anos, e edificações, este largo foi se transformando em Toural, que atualmente apresenta um chafariz renascentista de três taças.

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Convento de Santa Clara

Um dos conventos mais ricos de Guimarães, este foi erguido no século XVI, por Cónego Mestre Escola da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, Baltasar de Andrade. Atualmente alberga a Câmara Municipal de Guimarães e o seu espólio encontra-se no Museu Alberto Sampaio.

Convento_de_Santa_Clara_Guimaraes

Casa da Rua Nova

Um edifício característico de Guimarães, esta foi recuperada no âmbito da reabilitação do Centro Histórico da cidade, mantendo o seu carácter único e exemplar, com a sua decoração do século XIX que foi requalificada com mão-de-obra local e materiais e técnicas tradicionais.

Casa da Rua Nova

Rua D. João l

Uma das ruas mais movimentadas, esta ainda mantém o seu aspeto vetusto, oferecendo um lado sombrio devido à estreiteza da sua rua e as casas antigas com varandas de balaustres de madeira que acompanham. Nesta um dos monumentos de forte admiração é o Padrão de D. João I, do século XVI, outro é o edifício da Venerável Ordem Terceira de S. Domingos do século XIX.

Rua D. Joao

Palácio e Centro Cultural Vila Flor

Erguido no século XVIII, a mando da família dos Carvalhos, este encontra-se decorado com estátuas em granito dos primeiros reis de Portugal, a sua fachada defronta um jardim em três patamares acompanhado por uma fonte da época barroca. Este palácio sofreu obras de restauro em 2005, albergando hoje em dia, várias salas de exposições e o Centro Cultural apresenta-se com dois auditórios para a realização de espetáculos e congressos.

Palacio e Centro Cultural Vila Flor

Capelas dos Passos da Paixão de Cristo

As estações da via-sacra são como demonstrações que o povo apresenta como devoção à Paixão de Cristo, espalhando-se igualmente pelas igrejas e pelos oratórios da cidade. Nesta, encontram-se atualmente cinco Passos: Passo do Largo do Carmo, Passo da Rua de Santa Maria, Passo do Largo João Franco, Passo da Senhora da Guia e Passo do Campo da Feira.

Capelas dos Passos da Paixao de Cristo

Casa dos Lobo Machado

Do século XVIII, esta situa-se numa das ruas mais nobre da cidade, uma vez chamada Rua Sapateira. Atualmente, alberga a Associação Comercial e Industrial de Guimarães e contém uma coleção do Núcleo Arqueológico, com cerca de 30 peças de cerâmica e metálicas.

Casa dos Lobo Machado

Igreja de S. Domingos

As suas origens remontam à construção do primeiro mosteiro dominicano, tendo sido construído entre os anos de 1271 e 1278. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a sua traça foi alterando consoante os estilos, tendo elementos góticos, barrocos e românticos. Após alterações, o Santíssimo Sacramento da Igreja de S. Paio é encaminhado para esta igreja, tornando-a igreja paroquial da freguesia de S. Paio.

Igreja de S. Domingos

Casa da Memória

Como âncora da história e cultura de Guimarães, este visa ser o ponto de partilha e compreensão de todas as perspetivas históricas, sociais, culturais, económicas e vivenciais, recordando as tradições, memórias e raízes desta cidade. Este encontra-se na extinta fábrica de plásticos Pátria, na Avenida Conde de Margaride.

Casa da Memoria

Igreja e Convento das Domínicas

Apontamentos históricos afirma que existia um templo que invocava o mártir S. Sebastião, que se terá transformado numa igreja e com a extinção das ordens religiosas, juntamente com a demolição da igreja paroquial, esta igreja de São Sebastião passou a ocupar o convento de Santa Rosa de Lima, conhecido como Templo da Dominicas. Deste se destacam o altar-mor em talha dourada, dois altares laterais em talha dourada e policromada, o altar neoclássico que consagra a imagem de São Sebastião e o órgão joanino.

Convento das Dominicas

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

De estilo barroco, este foi dedicado a Santa Teresa. No início dos anos de 1700, uma bula papal permitiu que as recolhidas de Santa Teresa que tomassem o véu de religiosas carmelitas descalças, sob a invocação de São José, contudo, o altar-mor apresentava a imagem de Nossa Senhora do Carmo. Com a extinção das ordens religiosas, este convento ficou em posse do Estado, sendo usado para fins militares e desde 1862, acolhe o Lar de Santa Estefânia.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Parque da Cidade

No centro da cidade, este apresenta-se com cerca de 30 hectares, tendo percursos pedonais, para diferentes faixas etárias, entre clareiras abertas com árvores a zonas de parque infantil e de convívio. Com uma vasta vegetação que abraça um lago e uma linha de água, este parque é ideal para passar um momento em família, fazer desporto ou simplesmente relaxar.

Parque da Cidade

Cerca da Pousada de Santa Marinha da Costa

Um perfeito conjunto paisagístico é formado pelo jardim e o parque da Pousada de Santa Marinha, que são circundados pela antiga cerca do Mosteiro da Costa do século XII. Esta cerca sempre foi uma fonte de recursos e de lazer e meditação dos cónegos de Santo Agostinho e mais tarde dos monges da ordem de São Jerónimo. Com a extinção das ordens religiosas, esta cerca foi adaptada como parque de lazer, tendo árvores exóticas ornamentais. Em 1940, foi classificado como interesse público, porém com um incêndio, a ala conventual ficou destruída e posteriormente abandonada. Com a aquisição do Estado e consequente adaptação a pousada, este conjunto retomou o seu aspeto de recreio e lazer.

Cerca da Pousada de Santa Marinha da Costa