Vila Real

Desde o paleolítico que a região de Vila Real encontra-se habitada, fortemente comprovado através de vestígios como o Santuário Rupestre de Panóias. Contudo, com as invasões muçulmanas e bárbaras, esta região foi gradualmente despovoadas. Em 1096, o conde D. Henrique concedeu o foral a Constantim de Panóias de forma a promover o repovoamento. Entre diversas tentativas, apenas em 1289, com o foral do rei D. Dinis, é que é fundada a Vila Real de Panóias. A sua localização privilegia o seu crescimento, visto que se encontrava no cruzamento das estradas Porto-Bragança e Viseu-Chaves. No século XX, Vila Real torna-se capital de província e em 1925 é elevada a cidade. Entre vários fatores de crescimento, destaca-se a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, fundada em 1986, que também influenciou no dinamismo e desenvolvimento da cidade, como a criação do Teatro de Vila Real e o Conservatório de Música.

Santuário de Panóias

Sendo um santuário rupestre, este é considerado o mais antigo da Península Ibérica e é um exemplar único em todo o mundo, uma vez que as suas rochas contam, através de inscrições, os autores da construção, a quem fariam as honras e que tipo de rituais ali realizavam. Este apresenta três grandes fragas que talharam cavidades de diversificados tamanhos, focados para o sacrífico de vítimas.

Santuario de Panoias

Torre de Quintela

A sua primeira referência remonta às Inquirições de D. Afonso III, no ano de 1258. Nos finais do século XVII foram registados os foros e prazos coletado pelo seu senhor, Conde de Vimioso, sendo que nestes documentos indicam que a herdade desta torre também continham outras construções como uma capela em honra de Santa Maria Madalena e um terreiro. Devido a questões monetárias, o seu proprietário, no início do século XX, visava desmontá-la, porém tal não aconteceu e em 1910 foi declarada como Monumento Nacional. Anos mais tarde, sofreu obras de restauro e conservação.

Torre de Quintela

Destinos Nortenhos

Igreja de S. Pedro

Um dos melhores exemplos religiosos em estilo barroco, este remonta ao ano de 1528, sendo que ao longo dos anos foi sofrendo alterações, em que se destacam o azulejamento da capela-mor, a inserção de painéis no teto e a construção da fachada, que se deixa acompanhar por torres sineiras. No total, cria um elemento único no centro histórico de Vila Real.

Igreja de S. Pedro

Capela Nova

Doando uma posição privilegiada no centro histórico, esta apresenta-se singela com um traça atribuída por Nicolau Nasoni, com contrastes do barroco, em que o frontão está encimado pela estátua de São Pedro segurando a cruz papal. E no seu interior, encontram-se cenas da vida de São Pedro e São Paulo através da arte do azulejo.

Capela Nova

Igreja do Senhor do Calvário

Erguido em 1680, pela Ordem Terceira de São Francisco, esta ao longo dos anos foi sofrendo diversas intervenções. Anualmente, no segundo fim-de-semana de julho, a população observa a passagem do Senhor do Calvário, numa procissão, que é considerada como o expoente máximo da Fé dos Vila-realenses, apresentando as suas promessas e devoção.

Igreja do Senhor do Calvario

Palácio de Mateus

Uma obra arquitetónica bastante expressiva em estilo barroco, o seu desenho é atribuído ao arquiteto Nicolau Nasoni. No seu interior encontra-se uma seção museológica, envolvida por belos jardins e peças valiosas de várias épocas. Neste conjunto, também se destaca a capela em honra de Nossa Senhora dos Prazeres.

Palacio de Mateus

Capela de S. Brás

Classificada como Monumento Nacional, esta igreja foi erguida no século XII, sendo a primeira sede paroquial de Vila Real, albergando as sepulturas de figuras emblemáticas da cidade, como de João Teixeira de Macedo, fidalgo da casa Real e Lourenço Viegas, foi companheiro de espadas de D. Afonso Henriques.

Capela de S. Bras

Igreja do Convento de S. Domingos

Atual Sé de Vila Real, esta foi construída no século XV a mando dos religiosos de São Domingos, de Guimarães. Numa linha gótica e romântica, a sua arquitetura apresenta-se robusta, na fachada encontram-se as imagens de São Domingos e São Francisco de Assis. Devido a um grande incêndio em 1837, grande parte do seu património foi dizimado. As últimas obras de intervenção decorreram na torre do século XVIII, tendo sido colocado novos vitrais. Na Sé são realizado cultos diariamente.

Igreja do Convento de S. Domingos