Parque Natural da Arrábida

Este parque foi classificado e protegido pelos seus valores naturais, geológicos, faunístico, florísticos, culturais, históricos e paisagísticos. Em 1998, este foi reclassificado, abrangendo a área marinha Arrábida-Espichel, promovendo a totalidade da conservação da natureza desta região. Uma cordilheira repleta de espaços naturais com uma beleza única, em que as suas arribas que enfrentam o mar são um local de repouso para a fauna e flora aqui existente.

Este território sempre foi ocupado por civilizações que aproveitaram o melhor dos recursos que este parque oferecia, desde as suas terras férteis de origem calcária, um clima perfeito, águas com alimento abundante e flora muito apreciada, assim o ser humano desenvolveu diversas atividades.

Parque Natural da Arrabida

Uma delas, sendo o fabrico do Queijo de Azeitão, produzido nos concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela, este de denominação de origem protegida, apresenta um sabor único e fortemente apreciado.

Queijo de Azeitao

Outra atividades está relacionada com a cultura da vinha, em que a casta Moscatel de Setúbal tem ganho relevância para esta região, associando-se à produção de vinhos brancos e moscatel.

Moscatel de Setubal

As plantas que crescem nesta região oferecem o seu melhor para as abelhas produzirem um mel único, com um carácter temperado, sabor aveludado e puramente característico do parque.

Natureza na Região de Lisboa

Ainda aqui presente encontra-se uma comunidade piscatória que ainda pratica a pesca artesanal, em pequenas embarcações, denominadas de aiolas, que capturam tanto peixe, como polvo, choco e lula.

aiolas

Como prova da existência de civilizações, neste parque encontram-se diversos exemplares de edifícios, que tanto relatam a história de Portugal, como preservam a nação e lutas que decorreram. No que respeita à arquitetura militar existem destacam-se.

Os castelos de Palmela e Sesimbra encontram-se na periferia oriental e ocidental, sendo as fortificações mais antigas da zona da Arrábida.

castelo de Palmela
Castelo de Sesimbra

Também se destacam as fortalezas quinhentistas que remontam ao final do século XIV, sendo construída a cintura muralhada de Setúbal que protegia as comunidades de ataques piratas. Já as fortalezas seiscentistas remontam ao século XVII, em o forte de de Albarquel em Setúbal, os fortes de Sant’Iago e da Ponta do Cavalo, em Sesimbra, o forte do Cozinhador no Risco e a fortaleza de Sta. Maria da Arrábida, no Portinho, sendo este último transformado no Museu Oceanográfico, são as estruturas de maior relevância.

forte de de Albarquel
fortaleza de Sta Maria da Arrabida

No que respeita à arquitetura rural, que se caracteriza pelos aglomerados populacionais da região, como a quinta do Anjo e Azeitão, que albergaram famílias nobres, nas suas férias. Também se destacam os edifícios como Palácio da Bacalhoa, em Vila Fresca de Azeitão; o Palácio da Quinta das Torres e o palácio dos Duques de Aveiro, em Vila Nogueira de Azeitão; e o palácio do Calhariz, em Sesimbra.

Palacio da Quinta das Torres

Outros elementos de carácter único são os moinhos de vento, de valor patrimonial e tradicional, que abundam nas paisagens da região da Arrábida, especialmente nos cumes de serras e montes, muito próximos de Setúbal, Palmela, Azeitão e Sesimbra.

moinhos de vento

E, sendo uma região rica em obras que envolviam a água, foram necessários grandes depósitos e aquedutos, como o aqueduto da Arca d’Água, e se inicia na Quinta da Arca d’Água, percorrendo um longo caminho até Setúbal, em Campo dos Arcos.

aqueduto da Arca dAgua