Património de Torres Vedras

O concelho de Torres Vedras tornou-se num destino turístico, devido às suas tradições, celebrações, e sobretudo pela sua história militar e recursos naturais que complementam a riqueza deste concelho. Um concelho com uma forte presença na lutas contra as invasões napoleónicas, observável através do património edificado. Contudo, este concelho evoluiu para um concelho moderno e urbano, cuja capacidade de resposta às necessidades da educação, motivação pelas artes e criatividade, são respondidas através de um vasto património cultural.

Teatro-cine – este espaço visa a difusão e criação de iniciativas e atividades artísticas, educativas e culturais, na vertente das Artes Performativas, promovendo e permitindo à comunidade o acesso às artes e à cultura, entre programações de teatro, música e espetáculos.

Fábrica das Histórias – um espaço que acolhe e desfolha histórias, pegando na sua matéria-prima e transformando-a num produto. Esta permite a vários artistas reinventarem o património doado pelo Dr. Jaime Umbelino. Portanto, a missão da Fábrica das História está na oferta à comunidade a oportunidade de ser coautora de um universo de histórias e cúmplices na criação de memórias de um espaço e de um homem, para que o seu legado continue presente na memória e vida das pessoas.

Paço – Galeria Municipal – constituída por três salas, em que duas encontram-se no edifício Paços do Concelho e uma (DoisPalos) está no edifício contíguo. Esta galeria foi inaugurada a 25 de abril de 2003, após a sua remodelação e a novembro de 2006, a sala DoisPaços permitiu a exposição de artes visuais bem como mostras de carácter documental, etnográfico, científico e pedagógico. Desde a sua abertura, este espaço já recebeu obras de Eduardo Gageiro, Pedro Bettencourt, Nanã Sousa Dias, Pablo Picasso, Ma Liuming, António Chaves e Gonçalo Pena.

Museu Municipal Leonel Trindade – como um museu de arqueologia e história, este destina-se ao estudo das origens e evolução do Homem no concelho de Torres Vedras. Este museu visa a interpretação, preservação e divulgação do antigo, das novas vivências e tradições locais, compreendidas numa componente educativa e de lazer. O museu é uma instituição ativa, procurando e recolhendo documentação e preservando a histórica do concelho e o seu património e memórias.

Património histórico

Castro do Zambujal – é um dos mais complexos povoados fortificados pré-históricos que existem na Península Ibérica. Encontrando-se a três quilómetros a sudoeste da cidade de Torres Vedras, sendo descoberto por Leonel Trindade, no ano de 1938. As escavações feitas nestes últimos anos, pela entidade do Instituto Arqueológico Alemão, possibilitaram reconstituir parte da fortificação e distinguir múltiplas fases de construção. O povoado Calcolítico estaria protegido apenas por uma fortaleza central, com torres maciças e muros estreitos. Numa segunda fase da ocupação, estas estruturas foram reforçadas, construindo-se mais duas linhas de muralhas e uma barbacã junta à fortaleza inicial. Já na terceira fase de construção, a barbacã e as entradas da segunda linha de muralhas foram abrandadas, focando-se em autonomizar a logística defensiva de cada muralha. Por fim, na quarta construção foram erguidas as torres ocas. Este povoado fora abandonado cerca de 1700 anos a.C.. Os seus habitantes dedicavam-se a atividades relacionadas com a prospeção, mineração e metalurgia do sobre, estabelecendo relações comerciais tanto com o território peninsular como outros territórios mais longe, entre os finais do III milénio a.C..

Edifício Paços do Concelho – desconhecida a sua data de construção, é apenas referido, pela primeira vez, no ano de 1337. Nos anos de 1597 e 1634 foi restaurando, porém, em 1744, este edifício sofreu danos devido a um fogo iniciado por um recluso que tentava escapar da prisão. Este incêndio destruiu a quase toda a documentação medieval e moderna do concelho. A sua configuração moderna resulta das obras de restauro, concluídas em 1776, juntamente com a construção do chafariz, de estilo pombalino, repousando na praça, este é o único exemplar em Torres Vedras, com a seguinte inscrição: “JOSEPH. I.P.P. IMP. AD CARCER PO PVL. Q. COMMOD. FONT. HUNC. PVBL. EXP. PRÆSES PROV. ERIG. CVRAVIT AN. MDCCLXXVI”, ou seja, “O Corregedor da Comarca faz erigir esta fonte, a expensas públicas, no ano de 1776, para comodidade da cadeia e do povo, reinando D. José I, Pai da Pátria”. Edifício Paços do Concelho fora sede dos serviços administrativos do concelho, e durante o período da Guerra Peninsular foi utilizado como sede do comissariado de guerra. No ano de 2001, foram realizadas escavações arqueológicas no interior do edifício que relevaram nove silos muçulmanos, contendo vários recipientes de cerâmica islâmicos, do período do Califado de Córdoba (séculos X e XI), sendo os primeiros achados da ocupação árabe na região, juntamente a estes também foram encontrados peças dos primeiros anos da ocupação cristã e moedas do século XII ao XV.

Centro Histórico – situado na zona antiga da cidade de Torres Vedras, este remonta para as épocas anteriores à nacionalidade. Este é composto por bairros da antiga cerca medieval da vila, que atualmente não existe. No seu cume encontra-se o Castelo, onde é possível observar a existência de argamassas romanas, em algumas cisternas. Ao longo dos tempos, neste centro foram construídos e reconstruídos edifícios de notável simplicidade, praças e adro, o Paços do Concelho, o Chafariz dos Canos, a Igreja de São Pedro, a Igreja de Santiago, a Capela da Misericórdia ou mesmo a Igreja Santa Maria, dentro do Castelo, oferecem a grandiosidade ao Centro Histórico.

Castelo – de construção primitiva, comprovado pela presença de duas cisternas romanas, já as suas primeiras muralhas terão sido construídas pelos árabes. Durante a reconquista e tomada do castelo pelos cristãos, em 1148, estas muralhas ficaram destruídas, tendo sido imediato reconstruídas, por forma a impedir a entradas dos árabes durante o cerco de 1184. Este castelo tem sucessivas intervenções, durante a época medieval e moderna, como a construção da Igreja de Santa Maria, dentro da cintura da muralha. Porém, foi no reinado de D. Dinis, D. Fernando e D. Manuel, que houve mais intervenções, sendo que o que resta desta última é o brasão de D. Manuel I, acompanhado pelas esferas armilares Manuelinas, com a Criz de Cristo. Em 1809, o Castelo ganharia um importante papel nas Linhas de Torres Vedras, como reduto número 27, necessitando da reconstrução das muralhas e Paços dos Alcaides, destruídos durante o terramoto de 1755. As muralhas foram guarnecidas com onze peças de artilharia e a porta do Castelo fora demolida. O último cerco ao Castelo aconteceu em 1846, servindo-se do quartel às tropas do conde de Bonfim. A fortaleza foi bombardeada pelo Duque de Saldanha, sendo um explosão de tal dimensão e força que deixou o Paços quase destruído. Este permaneceu ocupado por tropas regulares, até aos finais do século XIX, sendo reparado várias vezes. Em 1929, o Ministério da Guerra delega este imóvel à Câmara Municipal, que fica encarregue da sua conservação e limpeza. O Castelo é considerado monumento classificado pelo Decreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957. Horário – Setembro a maio: terça a domingo, das 10h às 18h. Junho a agosto: terça a domingo, das 19h às 19h. Encerramento nos dias de feriados.

Aqueduto de Torres Vedras – encontra-se no perímetro urbano de Torres Vedras, é uma obra de arquitetura gótica, e estende-se por mais de dois quilómetros, sendo edificada para abastecer o Chafariz dos Canos. Desconhecida a sua data de construção, a sua estrutura de canos foi remodelada e ampliada na segunda metade do século XVI, após a licença de D. Sebastião à edilidade local. Este processo coincidiu com a requalificação da Fonte dos Canos, em 1561, por ordem da Infanta D. Maria. Este aqueduto inicia-se à saída de Torres Vedras e atravessa o rio Sizandro, os seus canais quando passam à superfície estão assentes sobre arcos de volta, a arcada superior dispõe-se simetricamente sobre os arcos inferiores. Nos locais que este passa sobre rio Sizandro e sobre a estrada que estabelece ligação entre Torres Vedras e Runa, apresenta um arco monumental com o brasão de Torres Vedras, numa das suas faces. Este aqueduto está classificado pelo Decreto de 16-06-1910; Diário do Governo n.º 136, de 23-06-1910.

Azenha de Santa Cruz – construída nos finais do século XV, esta foi classificada como imóvel de interesse público, em 1997, pelo IGESPAR. Atualmente, é um Centro Interpretativo relacionado com a moagem do cereal e do fabrico do pão. E como espaço cultural promove e divulga as tradições, memórias e cultura populares. Neste núcleo oferece um conjunto de expositivos e a projeção de filmes e de fotografias de tempos mais antigos. Também funciona como Posto de Turismo.

Chafariz dos Canos – construído no século XIV, este era alimentado pelo aqueduto e está localizado perto de uma das partas da vila medieval, Porta da Corredoura. Este chafariz é um pavilhão coberto por uma abóbada de cruzaria com nervuras sobre mísulas cónicas. Nas paredes deste encontram-se cinco arcos ogivais, nas quais se destacam um conjunto de gárgulas góticas e um conjunto de quatro escudos, nas faces das colunas – “os da frente ostentando o brasão real que remonta ao século XIII, sendo com toda a probabilidade do reinado de D. Afonso III, e os dois laterais da mesma época, representando em três castelos de linhas severas, sóbrias de atavios, o velho brasão da antiga Turribus Veteribus”. O seu interior é constituído por um tanque com duas bicas barrocas. Outrora, existia um tanque feito par aproveitar as águas para o abastecimento para uso das pessoas e dos animais. Este chafariz está classificado pelo Decreto de 16-06-1910; Diário do Governo n.º 136, de 23-06-1910.

Linhas de Torres Vedras – para defender Portugal da terceira invasão Napoleónica, em 1810, a estratégia de Wellington constitui na construção de um campo entrincheirado, entre o Rio Tejo e o Oceano Atlântico, defendendo a península de Lisboa, de modo aproveitar as características do território acidentado. As praças da fronteira terrestre tinham a função retardadora para permitir mais tempo para a organização dos trabalhos na defesa, sendo que o objetivo era manter Lisboa livre das tropas francesas, não apenas pelo valor estratégico do seu porto, mas também por razões de segurança, em caso de insucesso militar, as tropas inglesas teriam de desembarcar em São Julião da Barra. No dia 20 de outubro de 1809, Wellington redigiu um memorando com instruções a seguir pelo comandante de engenharia do exército inglês, tenente-coronel Fletcher, para a construção das obras de defesa. Deste modo, foi concebido um sistema militar apoiado em quatro linhas de defesa – duas principais e duas complementares. As construções começaram no outono de 1809, num tempo inferior a um ano foram construídas 126 fortificações, estradas militares e outras barreiras naturais. A cidade de Torres Vedras encontrava-se num ponto mais avançado da 1ª Linha, estando a 13 quilómetros a Norte da 2ª Linha. A 1ª Linha continha uma extensão de 46 quilómetros, interligando Alhandra à foz do Rio Sizandro. De modo a reforçar as posições mais elevadas, foram preparados dispositivos para inundar os terrenos junto ao Rio Tejo e vale do Sizandro, por forma a dificultar o seu atravessamento, tal como a progressão pelas estradas. As Linhas de Defesa de Lisboa continuaram a ser aperfeiçoadas até ao ano de 1812, esperando sempre a uma nova investida de Napoleão, algo que não chegou acontecer. No total foram erguidas 152 obras militares, entre redutos e baterias, 37 encontravam-se em Torres Vedras, equipadas com 523 boca-de-fogo. O Forte de São Vicente e o Reduto de Olheiros constituem um dos principais pontos de defensa no flanco poente das Linhas de Torres Vedras.

Forte e Capela de São Vicente – localizado a Norte de Torres Vedras, este forte integra o conjunto fortificado das Linhas de Torres Vedras. No início do século XIX, Napoleão Bonaparte entrou em conflito com Inglaterra, invadindo sucessivamente outros países europeus, por forma a tentar impor um bloqueio continental, que pretendia isolar e paralisar o inimigo. Sendo aliado de Inglaterra, Portugal desafiou esse bloqueio, em consequência, as tropas de Napoleónicas invadiram Portugal, e a família real fugiu para o Brasil, deixando Portugal a governo, provisório, do inglês Arthur Wellesley (mais tarde reconhecido como Wellington). Este inspirado pelos trabalhos de José Maria das Neves, enviou um memorando a Richard Fletcher, a 20 de outubro de 1809, ordenando a construção secreta de um conjunto de fortificações, compondo três linhas de defesa com 152 redutos e 600 peças de artilharia, e um sistema de comunicação entre os postos de sinais. Na primeira linha de defesa, encontra-se este forte, que compreende três redutos, envolvidos por um muro de 1.500 metros de extensão. O Forte de São Vicente era um dos pontos mais fortificados destas linhas defensivas, com 39 boca-de-fogos e capacidade para albergar 2.200 homens. Este está classificado pelo Decreto n.º 47 508; DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 ZEP e Portaria n.º 715/77, DR, I Série, n.º 268, de 19-11-1977 – Zona Especial de Proteção (ZEP) conjunta da Capela e Forte de São Vicente e da Ermida de Nossa Senhora do Ameal.

Forte de Olheiros – também conhecido por Forte do Canudo, este faz fronteira com o fortificado de São Vicente. Também considerado como um dos pontos mais importantes da Linhas de Torres Vedras, encontrava-se mais a norte desta, entre Alhandra e a Foz do Sizandro. A sua planta é poligonal irregular, com 45 metros por 19 metros de largura, muito semelhante ao Forte Grande do Sobral. O Forte de Olheiros apresenta um fosso profundo, revestido de pedra, com um passadiço para o interior do forte. Circundado por uma muralha, num perímetro de 1.500 metros, com uma escarpa em alvenaria de pedra e uma barreira de proteção na estrada. Foram contabilizadas onze canhoeiras nas cortinas, com plataformas que seguram as peças de artilharia, latejas com pendente, para contrabalançar a reação do tiro; sete canhões, cinco de calibre nove e cinco de calibre seis. Ainda existe um paiol, coberto por laje de betão armado. Este forte foi desarmado e abandonado no ano de 1818, três anos depois da Convenção de Viena. Este forte é classificado pela Portaria n.º 1156/2009; DR, 2.ª Série, n.º 212, de 2-11-2009.

Património Religioso:

Igreja de Santa Maria do Castelo – no interior do Castelo de Torres Vedras, esta igreja é das mais antigas das quatro igrejas matrizes da cidade. Possivelmente erguida como templo islâmico, durante a ocupação árabe. A sua construção remonta à segunda metade do século XII, pouco tempo após a tomada do castelo pelo D. Afonso Henriques aos mouros, em 1148. Esta igreja encontra-se protegida pela Nossa Senhora da Assunção, sendo honrada a 15 de Agosto. Até ao início do século XIX, na noite de 14 de Agosto realizavam-se várias fogueiras no adro da igreja e nas ameias do castelo, para comemorar o dia em que D. Afonso Henriques conquistou o castelo. Esta apresenta os únicos vestígios arquitetónicos do estilo românico existentes no concelho de Torres Vedras, estes trechos foram classificados como Monumento Nacional e resumem-se aos portais principal e lateral.

Igreja de São Pedro – também uma das mais antigas das quatro matrizes da cidade. Conhece-se da sua existência do reinado de D. Afonso Henriques, mas foi reconstruída no início do século XVI, sofrendo novas reconstruções depois do terramoto de 1755. Apresenta uma pequena sacristia que comunica com a Casa da Irmandade dos Clérigos Pobres, que funcionou como Museu Municipal, em 1929. Atualmente funciona como Cartório Paroquial.

Igreja de Santiago – resultantes da reconstrução quinhentista de um edifício primitivo, tendo sofrido algumas obras de remodelação, nomeadamente no século XVIII, provavelmente exigidas pela ação corrosivas das cheias do rio Sizandro, que durante o Inverno inundavam a parte baixa da vila.

Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia – uma das mais valiosas e belas igrejas da cidade. Está integrada num conjunto de edifícios da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, em que funcionaram o Hospital da Misericórdia e a sede daquela instituição. Esta igreja construída entre 1681 e 1710, por forma a substituir a igreja do antigo Hospital do Santo Espírito, que lhe era contígua, e que se encontrava em ruínas. Precede à igreja um pequeno adro limitado por gradeamento. Em 1849, foi criado um cemitério a norte desta igreja, onde foram sepultados os doentes pobres que faleciam no antigo hospital.

Convento do Barro – também conhecido como Convento dos Religiosos Arrábidos, foi erguido em 1570, pela Infanta D. Maria, filha do rei D. Manuel, com o objetivo de acolher monges franciscanos. Em 1834, este foi extinto e expropriado, sendo reaberto no ano de 1860. Implementada a República em Portugal, o convento foi encerrado e passou a denominar-se Asilo Elias Garcia. A inauguração foi presidida por Teófilo Braga. No exterior, encontra-se um monumento de honra à Excelsa Mãe de Deus, fundado a 1908, para celebrar os 50 anos da aparição da Virgem Imaculada em Lourdes. Nas proximidades do convento encontra-se a capela de São José, construída no século XVI. O Asilo assumiu um papel importante no combate ao flagelo da tuberculose, no início do século XX, este foi confiado à Assistência Nacional aos Tuberculosos, na segunda metade do século. Os serviços deste asilo passaram a ser assegurados por freiras, permitindo o internamento dos doentes. Permanecendo desta forma até 1992, ano em que as religiosas deixaram de prestar serviço hospitalar. Já em 1993, o Sanatório do Barro passou a ser designado de Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior, alargando a sua ação terapêutica ao tratamento de doenças da área da pneumologia.

Convento de Santo António do Varatojo – encontra-se nos arredores de Torres Vedras e foi fundado por D. Afonso V, em 1470. Antiga residência de reis, denominava-se a casa de regalo. Em 1474, a Ordem de São Francisco foi a primeira a ser recebida neste convento. Começou por ser Convento de Estudos Franciscanos, passando a ser mais tarde o Colégio de Missionários Apostólicos, por cedência de D. Pedro II, a Frei António das Chagas. Este convento é classificado pelo Decreto de 16-06-1910; Diário do Governo n.º 136, de 23-06-1910.

Igreja e Convento de Nossa Senhora da Graça – o convento foi erguido no século XVI, entre os anos de 1544 e 1580, pelos frades eremitas calçados de Santo Agostinho, também conhecidos por gracianos. A sua construção substituiu o antigo edifício, que fora erguido em 1266, que estava em ruínas devido às constantes inundações provenientes do rio Sizandro, uma vez que se situa na zona baixa de Torres Vedras. Tanto a igreja e o convento são considerados como classificado de Imóvel de Interesse Público.

Judiaria de Torres Vedras – esta encontra-se na Rede Nacional de Judiarias, uma vez que a cidade de Torres Vedras testemunha a presença de judeus quando recuamos ao reinado de D. Afonso III, entre os anos de 1248 e 1279, mesmo apesar da primeira referência à sua vivência em casas contíguas de membros da comunidade, num bairro próprio, ser oriundo dos finais do século XIII. Durante este reinado de D. Afonso III, foi construída a sinagoga, atestada pela referência ao “capelão” dos judeus. Todavia, a formação da judiaria ocorreu no reinado de D. Afonso IV, em que obrigara os judeus da vila a morarem em bairro próprio. Inicialmente, a judiaria torriense ocupava uma rua, onde viviam homens das duas religiões. Em 1381, 25 famílias judaicas residiam na Vila de Torres Vedras, que foram multiplicando o seu número, em meados do século XV, promovendo uma intensa atividade comercial. Com o desenvolvimento e aumento da comunidade obrigou à ampliação do território da Judiaria, em 1469, ocupando a totalidade da rua.

Património do Oeste

AlcobaçaAlenquerArruda dos VinhosBombarralCadavalCaldas da RainhaLourinhãNazaréÓbidosPenicheSobral de Monte AgraçoTorres Vedras