Património de Castelo Branco

Castelo Branco_1

Museu Tavares Proença Júnior

O Paço Episcopal foi construído por ordem de Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre os anos de 1596 e 1598, estando inscrito no portal da entrada do pátio. No século XVIII foi efetuada uma profunda intervenção elaborada por mandato de Bispo da Guarda D. João de Mendonça. Após Castelo Branco ter sido erigida sede de Bispado em 1771, esta infraestrutura foi adotada como paço de residência dos Bispos de Castelo Branco. Durante o reinado eclesiástico de D. Vicente Ferrer da Rocha, aqui foram realizadas grandes transformações, como a reconstrução do peristilo. Com a Diocese Albicastrense a torna aqui a sua sede vacante, que instalaram diversos serviços públicos que contribuíram para a sua danificação. Entre 1911 e 1946, este serviu de Liceu Central, que tomaria o nome de Nun’Álvares, por proposta do Dr. Augusto Sousa Tavares, e também funcionou a Escola Normal e a Escola Comercial, por fim em 1971 até ao dia de hoje, abriu para o público como Museu Francisco Tavares Proença Júnior.

Museu Tavares Proenca Junior

O que ver

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Jardim do Paço Episcopal

Relevando-se como um dos exemplares mais originais do estilo barroco em Portugal, nomeadamente a estatuária desde os seus símbolos à sua disposição nos elementos temáticos. As obras do jardim foram mandadas por Bispo da Guarda, D. João de Mendonça, sendo que no século XVIII, o segundo bispo da Diocese de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer da Rocha também realizou obras com algum relevo e em 1911, este jardim passou para posse da Câmara Municipal, até obter o título em 1919. Este apresenta um estilo barroco, é composto por diversos balcões e varandas em ferro e balaústres de cantaria, deixando-se acompanhar por cinco lagos e no patamar intermédia da Escadaria dos Reis estão diversos jogos de água. No verdejante, encontram-se estátuas de granito em que são notórias as de Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça, em escadório estão os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I. Outro elemento a destacar são os azulejos, em monocromo, azul sobre fundo branco que representam as diversas vistas sobre Castelo Branco, da Antiga Quinta e Bosque, a Capela de São João e respetivo Cruzeiro.

Jardim do Paco Episcopal

Estação Arqueológica do Monte de São Martinho

A três quilómetros da cidade, este local provido de uma beleza natural única, este morro de formação quartzítica é acompanhado por uma vegetação endógena. Do seu cabeço é possível observa-se a planície do Vale do Tejo e a própria cidade de Castelo Branco. Reza a lenda que a origem da cidade encontram-se aqui soterradas, erguendo-se os vestígios de ocupação romana, testemunhos da pré-história. Os primeiros vestígios encontrando são datados e reconhecidos de um povoado fortificado da Idade do Bronze, tratando-se de um castro muralhado com fragmentos de cerâmica e material lítico/pedra polida. Também foram encontradas três estelas epigrafadas da Idade do Bronze, que uma delas apresentava gravada uma figura humana.

O Monte de São Martinho encontra-se no domínio do “Triângulo Arqueológico de Castelo Branco”, que engloba a área das capelas de Senhora de Mércolas, Santa Ana e o próprio nome do monte. Surgindo sempre aqui grande interesse arqueológico, neste local foi encontrada uma barragem romana junto à Capela de Senhora de Mércoles, juntamente com uma via romana/medieval e mais fragmentos cerâmicos e estruturas arquitetónicas Período Romano. Já perto da Capela de Santa Ana foram encontradas estruturas de uma rústica villae estando interligada a atividades agrícolas.

Estacao Arqueologica

Igreja de São Miguel

Sé Catedral desde o ano de 1956, esta foi reedificada no século XVII, no estilo renascentista, sendo que apresentando diferentes elementos da sua construção, nomeadamente o arco cruzeiro do século XVI, retábulos e painéis do século XVII e capela-mor e sacristia dos séculos XVIII-XIX. Sem uma obra sem fundo, apenas no século XVII D. Martim Afonso de Melo, Bispo da Guarda mandou reedificar a fachada. Com uma nave que é separada pela capela-mor, através de um arco renascentistas em que apresenta o brasão de armas do Bispo D. Martim Afonso de Melo, que testemunham uma lápide que se localiza no seu interior numa das paredes laterais. Frei Vicente Ferrer da Rocha, segundo bispo da diocese de Castelo Branco, mandou edificar dois corpos laterais em estilo barroco, a Sacristia Grande e a Capela do Santíssimo Sacramento.

Igreja de Sao Miguel

Cruzeiro São João

Classificado como Monumento Nacional foi erguido no século XVI assinalando a existência de uma capela que invocava São João. Em estilo manuelino, este apresenta diversos elementos vegetalistas, em que o seu fuste é espiralado assentando-se num anel com uma corda e plantas estilizadas, ostentando Cristo crucificado.

Cruzeiro Sao Joao

Palácio dos Viscondes de Portalegre

Erguido em 1743, esta propriedade da família Coutinho Refoios, é um edificado renascentista, em que se destacam as janelas de sacada que se interligam com a bela dos elementos arquitetónicos simétrico da sua fachada. Desde o século XIX, este alberga a sede do Governo Civil do Distrito de Castelo Branco, apresentando no seu interior, na sala da música, um quadro a óleo de um dos proprietários.

Palacio dos Viscondes de Portalegre

Solar dos Viscondes de Oleiros

Presenta na atual Praça do Município, este edificado pertenceu à família dos Fonsecas Albuquerques Mesquitas e Castros, que em 1935, Dr. Francisco Rebelo de Albuquerque venceu à Câmara Municipal, tendo sido adaptada para exercer funções públicas. Este apresenta uma frontaria em estilo italiano do século XVII, com uma escadaria exterior de dois lanços e janelas de vergas, já o traço da porta foi bastante influenciado pelo estilo barroco.

Solar dos Viscondes de Oleiros

Castelo e Muralhas

Apesar de existirem vestígios que remontam a presença humana desde da pré e da Proto-história, apenas durante a Idade Média é que foi fundada a fortaleza templária, erguida entre 1214 e 1230, pelos templários. Mais tarde, D. Dinis mandou alargar este edificado, sabendo apenas que D. Afonso IV ordenou a construção dos muros. Com as gravuras presentes no Livro das Fortalezas, de Duarte d’Armas, foi possível constatar a povoação-fortaleza que vivia no século XVI, apresentando-se pelo edificado com porta larga para as montarias e uma porta estreita para servir o cavaleiro e família. No recinto encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, no seu pavimento destaca-se o túmulo de João Roiz de Castelo Branco, poeta albicastrense. Atualmente, a fortaleza apresenta-se numa reconstrução sem estilo definido, e passou a ser classificada como Monumento Nacional nos anos 40 do século XX.

Castelo e Muralhas

Dommus Municipalis

Na Praça Velha, esta obra do século XVI ergue-se apesar das diversas reconstruções, preservando a sua escadaria, assente em arcos que termina num balcão com guardas de ferro, colocados em balaústres de granito. Na fachada encontra-se uma esfera armilar com as armas de D. Manuel e uma lápide epigrafada que evoca o ato da entrega por parte de D. João IV à proteção do reino à Imaculada Conceição. Antigamente, este funcionava como Câmara Municipal, tribunal e cadeia, acolhendo também a Biblioteca Municipal.

Dommus Municipalis

Casa do Arco do Bispo

Do século XIII, esta casa encontra-se na Praça Velha/Praça de Camões, tratando-se de um dos ex-libris arquitetónicos, pois apresenta grandes arcos de volta perfeita assentes em pilastras facetadas. Esta foi a primeira residência temporária dos bispos da Guarda. Existe a hipótese que no seu traço original tenha sido a Porta do Pelame, uma das portas defensivas da cidade. Hoje em dia, ainda está preservado a Porta Monumental, na fachada posterior que dá acesso à residência do Bispo.

Casa do Arco do Bispo

Solar dos Cunha

Também conhecido como Solar dos Mota, este provém do século XVII, encarregando-se das residências da família Guilherme da Cunha e com a remodelação, passou a ter um carácter de casa apalaçada, desde 1870. Este manteve-se na família até ao século XIX, quando Alfredo Alves da Mota o herda por casamento. E no ano de 1993, este foi adquirido pela Administração Central, que promoveu obras de adaptação, funcionando como Arquivo Distrital.

Solar dos Cunha

Celeiro da Ordem de Cristo

Um edifício da propriedade da Ordem de Cristo, que foi usado como celeiro público. Já nos finais do século XVIII passou a ser gerido pela Câmara Municipal. Já no século XIX passou a ser propriedade privada.

Celeiro da Ordem de Cristo

Solar dos Cavaleiros

No século XIX, ergue-se o Asilo Distrital da Infância Desvalida, apresentando-se com uma fachada barroca, este edificado visava o cuidado de mulheres mundanas, que pertencem-se mudar de vida. Após diversas atrocidades que decorreram neste solar, a sua reconstrução foi iniciada, tentado manter traça existente, porém a capela desapareceu.

Solar dos Cavaleiros

Convento de Santo António

No nordeste, este convento foi fundado no ano de 1562, por iniciativa D. Fernando de Meneses, comendador e alcaide-mor desta vila de Castelo Branco. Ao longo dos séculos, foi sofrendo alterações, que lhe tiraram o aspeto primitivo, sendo que a fachada é composta por elementos renascentistas e barrocos, salientando também, a colunata do claustro interior.

Convento da Graça

Encontra junto ao Museu Francisco Tavares Proença Júnior, este convento existiu desde o século XVI, sendo que altamente resta apenas a sua traçada a porta da entrada, em granito e ornamentada em estilo manuelino. Esta pertenceu à Ordem de S. Francisco até 1526, passando depois para Santo Agostinho, instalando-se a Santa Casa da Misericórdia. Entre os séculos XVII e XVIII foram realizadas obras de reconstrução e alargamento, apresentando-se o portal Barroco em estilo monástico, que dava o acesso ao Convento.

Convento da Graca

Ermida da Nossa Senhora de Mércoles

Sem conhecimento total de quem mandou a sua construção, apenas a tradição atribuiu este edificado aos freires da Ordem do Templo, apesar de se suspeitar a existência de um templo romano anteriormente à sua edificação. No seu interior é de salientar os azulejos e vestígios de fresco, esta ermida é composta por uma nave e uma capela absidal, e no seu exterior destaca-se o portal da entrada e dois portais laterais ogivais.

Ermida da Nossa Senhora de Mercoles

Capela da Nossa Senhora da Piedade

Anteriormente conhecido como capela de São Gregória, esta capela apresenta um conjunto de azulejos que foram oferecidos pelos familiares do Dr. Francisco Rafeiro e 1739, num estilo joanino, estes visam demonstrar a Adoração dos Reis Magos, a Última Ceia, os Mistérios da Virgem e imagens dos Apóstolos.

Capela da Nossa Senhora da Piedade

Portados Quinhentistas

Na zona histórica surgem diversos portados quinhentistas e uma malha urbana que pouco modificou, possibilitando uma leitura clara, que permitiu concluir que a sua arquitetura de parcos recursos é adotada de uma decoração manuelino pobre ou manuelino popular. Tendo dimensões exíguas os seus materiais e técnicas construtivas fazem destes grandes exemplares. Sendo reflexo em todas as casas, estes criaram uma definição na imagem de Castelo Branco, estando presentes na totalidade do tecido urbano, esta corrente medieval são também exemplos das necessidades e atividades sociais e profissionais do povo antigo.

Portados Quinhentistas